Por que todo mundo só fala de Andromeda, Pmax e Advantage+?
Se você acompanha anúncios online, provavelmente já viu algum burburinho sobre Andromeda (da Meta), Advantage+ (Meta Ads) e Pmax (Google Ads). Muita gente associa essas novidades a frases como “ou você se adapta ou morre”, “a IA vai roubar seu trabalho” ou “agora acabou o gestor de tráfego”.
A realidade é bem menos dramática: a IA não veio para te substituir, e sim para turbinar o seu trabalho. O jogo deixa de ser “decorar botão” e passa a ser pensar tráfego, criar bons criativos, estruturar funis e entender o que está por trás dos números.
Na prática, essas ferramentas automatizam quatro grandes blocos da sua campanha:
- Segmentação: para quem os anúncios vão aparecer.
- Posicionamentos: onde os anúncios serão exibidos (feed, Stories, YouTube etc.).
- Testes de criativos: quais variações funcionam melhor.
- Alocação de verba: em quais públicos/anúncios vale colocar mais dinheiro.
O que é a Andromeda, de verdade?
A Andromeda é uma atualização de processamento da Meta. Não é um botão novo, nem um tipo mágico de campanha. Ela é o “motor de IA” por trás do sistema de anúncios, responsável por:
- Entender melhor o que você está anunciando;
- Prever quem tem maior probabilidade de se interessar;
- Interpretar criativos (visual + narrativa) de forma muito mais avançada;
- Decidir como gastar o seu orçamento para gerar o maior retorno possível.

Um ponto importante: a documentação oficial da Meta sobre Andromeda é de 2024. O “caos” que estourou no fim de 2025 não foi porque algo ligou do nada, e sim porque o mercado demorou para perceber o que já estava em teste há meses. Ou seja: ocorrência não é causalidade. Seu resultado não cai “porque saiu uma notícia”.
Na prática, Andromeda significa que: a Meta está cada vez melhor em prever qual anúncio mostrar para qual pessoa. É uma ótima notícia para quem faz tráfego de forma séria, e um alerta para quem tenta enganar o algoritmo com dezenas de anúncios praticamente iguais.
Relembrando a base: campanha, conjunto e anúncio
Antes de falar de IA avançada, precisamos alinhar a estrutura clássica das campanhas da Meta. Pense assim:
- Campanha: é a “caixinha” principal. Aqui você define objetivo (vendas, leads, engajamento…) e orçamento.
- Conjunto de anúncios: define para quem você vai aparecer (segmentação) e onde (posicionamentos).
- Anúncios: é o que a pessoa vê de fato: criativo, copy, oferta, promessa.
No passado, a Meta recomendava algo como 6 anúncios por conjunto. Com Andromeda e com as novas ferramentas de IA generativa, a recomendação evoluiu para 8 a 15 conceitos distintos por campanha. E aqui mora uma das maiores mudanças de mentalidade para o gestor de tráfego.
O que é “conceito distinto” de anúncio (e por que isso muda tudo)
Um erro comum é achar que ter muitos anúncios significa trocar cor de fundo, mudar a camiseta no vídeo ou alterar uma frase no início. Para a Meta, isso é basicamente o mesmo anúncio.
Conceito distinto é quando você muda a ideia central do criativo:
- Um anúncio focado na dor (“não conseguir explicar um conceito para os alunos”);
- Outro centrado no desejo (“ser o professor admirado pela turma”);
- Outro mostrando bastidores ou processo;
- Outro com prova social forte (case, print, depoimento);
- Outro com um insight contraintuitivo ou quebra de crença.
Andromeda consegue comparar a similaridade visual e de narrativa. Se você tentar “enganar” o sistema duplicando o mesmo anúncio com micro variações, ele trata tudo como uma coisa só. Quem ganha é quem entrega volume real de ideias e ângulos.
Formatos, ganchos e narrativas na era da IA
Se antes a pergunta era “vídeo ou imagem funciona melhor?”, em 2026 a pergunta muda para: “quantos formatos diferentes eu consigo testar na mesma estrutura?”
Na prática, dentro de uma campanha bem montada, você deve misturar:
- Vídeos curtos estilo Reels com ganchos de pergunta;
- Carrosséis educativos explicando conceitos passo a passo;
- Imagens estáticas com promessa direta e clara;
- UCG ou bastidores mostrando o “por trás” do produto/serviço;
- Variações de narrativa focadas em dor, desejo, objeção e dilema.
Quanto mais você ajuda a plataforma com um menu rico de criativos, mais Andromeda consegue:
- Encontrar pessoas diferentes com base em motivações diferentes;
- Descobrir padrões de criativos vencedores;
- Dar estabilidade ao resultado com o tempo, em vez de picos aleatórios.
Advantage+: a camada de automação da Meta
Dentro da Meta, o Advantage+ é um pacote de recursos de automação que conversa diretamente com a Andromeda. Ele é dividido em:
- Campanhas Advantage+: tudo automatizado (orçamento, público, posicionamentos);
- Orçamento Advantage: a campanha decide em quais conjuntos gastar mais;
- Público Advantage: a Meta encontra o público ideal para você;
- Posicionamentos Advantage: a plataforma escolhe os melhores locais para exibir;
- Criativo Advantage: faz testes automáticos de títulos, descrições e variações.
No Descomplica Ads, a gente não trata Advantage+ como religião, e sim como um conjunto de testes permanentes. Em muitas contas, usamos:
- Campanhas Advantage+ para escalar e ganhar volume;
- Campanhas manuais para remarketing, públicos quentes e estratégias avançadas.
Pmax: o “tudo em um” do Google Ads
No Google, o equivalente a esse mundo automatizado é o Pmax (Performance Max). Com uma única campanha, você pode aparecer em:
- Busca do Google;
- YouTube;
- Gmail;
- Discover;
- Rede de Display (GDN);
- Aplicativos na Google Play.
Para isso, você entrega ao Google:
- Sinais de público (quem é seu cliente ideal);
- Textos, imagens e vídeos de qualidade;
- Eventos de conversão bem configurados (venda, lead, visita etc.).
Depois, a IA decide em quais canais aparecer, quanto gastar em cada um e qual combinação de criativos usar para maximizar o retorno.

Para e-commerces e negócios locais que querem gerar visitas físicas, Pmax é simplesmente uma das melhores campanhas disponíveis hoje. Já para geração de leads, a regra é: nunca olhe só para o volume. Acompanhe de perto a qualidade dos leads que entram.
Antes e depois da era Andromeda / IA
Como era o jogo antes
- Muitos públicos de interesse, lookalikes e microsegmentações;
- Várias campanhas e conjuntos extremamente fragmentados;
- Dezenas de variações mínimas de criativo (mudar fundo, CTA, cor e achar que isso é teste);
- Obsessão por mexer em cada “parafusinho” da campanha.
Como o jogo fica com Andromeda, Pmax e Advantage+
- Segmentações mais amplas e menos fracionamento;
- Estruturas mais simples com mais criativos por conjunto;
- Diversidade real de conceito visual, narrativa, gancho e ângulo;
- Automação ajudando a testar mais rápido e a escalar com menos trabalho manual.
Não é que o tráfego de 2015 morreu. Os fundamentos continuam: objetivo, orçamento, segmentação, criativo, oferta. O que mudou é como as plataformas utilizam esses dados e quanto elas conseguem aprender sozinhas, desde que você alimente a conta com boas informações.
Regras de ouro do Descomplica Ads para automações
- O combo é melhor do que o solo: use Advantage+ e Pmax como parte de uma estratégia, sempre combinando com campanhas mais controladas (remarketing, públicos quentes, ofertas específicas).
- Não demonize nem idolatre: automação não é milagre, mas também não é vilã. Ela amplifica o que você já faz bem (ou mal).
- Teste tudo: orçamento Advantage ligado/desligado, público com e sem sugestão, posicionamento automático vs. manual, criativos com e sem otimização.
- Negócio local pede cuidado: público Advantage pode jogar tráfego fora da sua região. Em negócios locais, geolocalização ainda é um input essencial.
- Criativo ruim não tem salvação: se o anúncio é fraco, nenhuma IA conserta. Ela só encontra mais gente para ver algo que não convence.
- Pixel bem instalado é obrigatório: sem eventos limpos de conversão, o algoritmo fica cego. Isso vale para Meta e para Google.
- Reveja o que “não funcionou” no passado: o fato de uma automação não ter funcionado meses atrás não significa que não funcione hoje. Com a evolução de Andromeda e Pmax, vale retestar.
- Use automação como laboratório: olhe para Advantage+ e Pmax como ferramentas que te mostram o que funciona. Depois, traga os aprendizados para estruturas mais controladas.
Checklist: como preparar suas contas para a era Andromeda, Pmax e Advantage+
- ✔ Pixel/Tag instalados corretamente (Meta Pixel & Google Tag com eventos relevantes).
- ✔ Estrutura básica de funil: campanhas de prospecção + campanhas de remarketing.
- ✔ Pelo menos 8 conceitos reais de criativos por campanha (vídeo, imagem, carrossel).
- ✔ Páginas de destino rápidas, claras e com oferta consistente.
- ✔ Métricas definidas: o que é um lead bom? O que é uma venda saudável?
- ✔ Rotina de análise semanal para revisar anúncios vencedores e perdedores.
Como continuar aprendendo e se manter na frente
O jogo de 2026 não é saber onde está o botão novo, e sim entender porque você está apertando cada botão. Andromeda, Pmax e Advantage+ só fazem sentido quando entram em um processo contínuo de estudo e teste.
Reserve pelo menos 1 hora por semana para analisar campanhas, rever criativos, estudar atualizações e testar novas estruturas. É pouco tempo perto do impacto que isso tem na sua renda como gestor de tráfego ou dono de negócio.
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